sexta-feira, 31 de julho de 2009

Afinal havia outra...

.... mas não era aquela que todos pensava-mos.
Recentemente muitas coisas caricatas têm acontecido em Estarreja, desde a tentativa de mudança de um suporte floral que caiu sobre uma bicicleta em frente à rotunda da Caixa Geral, até à tentativa de impedir que os automóveis circulem em frente à Câmara Municipal, mas infelizmente tive o meu equipamento móvel (telemóvel/câmara fotográfica/GPS/torreira/micro-ondas) avariado de maneira que não tenho as respectivas provas do "crime".
Portanto na edição de hoje vêm esta redacção falar-vos dos POC's ou Programas Ocupacionais do IEFP. Como já é politica desta Câmara foram "contratados" (e meto entre aspas pois isto não é um contrato!) 15 pessoas do concelho de Estarreja para desempenhar funções que estavam com imensas carências a níveis de recursos humanos, são estas por exemplo "... integrados nas Divisões de Educação e Assuntos Sociais, Serviços Urbanos, Ambiente, Águas e Saneamento e Desporto, Sector de Arquivo e Programa Rede Social. Exercem tarefas de limpeza e manutenção de espaços municipais, limpeza urbana, jardinagem, de apoio ao sector de águas e saneamento básico e funções administrativas.".
Mas isto pode parecer muito bem para o leitor menos atento, mas vendo com atenção temos é 15 pessoas que foram obrigadas a efectuar um trabalho sozinhas, sem especialização técnica, respondendo hierarquicamente, mais de 7 horas/dia, muitas vezes 5/6 dias por semana. Claro está que dessas 3 estão ao abrigo do POC do IEFP (estando a receber do fundo de desemprego) e as restantes estão ao abrigo do POC Pessoas Carenciadas (recebendo o rendimento minimo nacional), certamente, e diz o leitor muito bem, esta é sem dúvida uma boa politica, mas lamentávelmente a redacção deste blogue discorda e muito, senão vejamos.
1) Um POC não pode substituir funcionários em férias/greve/doença/baixa/pausa para café/etc têm de trabalhar sempre acompanhado
2) Um POC não pode ter autonomia para resolver problemas
3) Um POC não têm de se sujeitar a uma hierarquia
4) Um POC não pode trabalhar fins de semana ou feriados (como acontece no Mercado Municipal)
Mas o que mais defendemos é, se estas pessoas são precisas para o municipio porque é que a CME não assume a responsabilidade contratual das mesmas? O que vai ser destas pessoas quando acabarem os subsidios? Voltam para a "carencia"? Muitas delas vivem na esperança de ficarem como trabalhadores da CME, esperanças vãs que são mantidas por chefes sem escrupulos para que trabalhem melhor e mais, sem direito a férias e as demais regalias, oferecem-lhes um seguro de acidentes pessoais que caduca imediatamente aquando o fim do vinculo do POC não cobrindo problemas anteriores ou feitos aquando o trabalho já sem o vinculo, é disto que vive o nosso municipio? Do aproveitamento de pessoas que pouco têm? É vergonhoso esta situação...
Existem nas nossas freguesias mais situações como esta, por exemplo na Junta de Beduido a Sra. que está lá do POC assina papeis oficiais do IEFP aquando a apresentação de uma pessoa que esteja a receber do subsdio de desempro (mas quem é ela para justificar legalmente alguma coisa, nem funcionária é?), a mesma Sra. aquando a recente greve da FP efectou as demais tarefas da verdadeira funcionária, tal como acontece quando a mesma vai de férias ou faz uma pausa para ir ao café, agora volta esta redacção a fazer a mesma pergunta, porque não se abre um procedimento concursal comum para intregar esta POC no quadro da Junta de Freguesia de Beduido, porque se calhar depois concorriam 300 pessoas (que é a média no concelho de Estarreja cada vez que abre um concurso, tais são os desempregados ou as pessoas à espera de melhor vida) e seria complicado meter essa Sra lá, assim vai andando até que acabe o rendimento minino social, porque o de desemprego já acabou à muito...

É assim que vai a politica de verdade de um governo autartico cansado de mentir e fazer propaganda puramente eleitoral nada mais...

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